Popup Example
Blog
Blog

Dirigindo Eventos Corporativos

Dirigir atores ou apresentadores é, de longe, a tarefa mais difícil de um diretor. Ao idealizar planos, analisar ou decupar roteiros, decidir sobre figurinos, cenografia ou iluminação, o diretor trabalha sozinho com sua capacidade e seus talentos, ou soma os seus ao de especialistas em cada área da produção. Diferentemente, ao trabalhar com atores ou apresentadores o diretor vai lidar com as inseguranças e nuances do ser humano, em estado mais ou menos latente, na figura do ator ou apresentador. Muitas vezes, o diretor terá que ser também um psicólogo, sabendo administrar egos, conduzindo com maior ou menor intensidade a interpretação do ator, ou a postura do apresentador, e verificando se o resultado esperado está sendo atingido.

Diferentes desafios se apresentam para o diretor de cena, por exemplo, no caso da Televisão Corporativa, Lives Corporativas ou Eventos, onde o apresentador(a) não é um ator, e sim um colaborador ou diretor da empresa. Para isso, é importante que o diretor de cena trabalhe com as técnicas de media training, caso este preparo não tenha sido feito anteriormente pela empresa. Algumas destas técnicas são:

  1. Relacionar o apresentador com o domínio sobre o texto que vai ser apresentado. Um diretor de marketing deve falar sobre a sua área de domínio, Marketing. Ninguém melhor do que ele ou alguém de sua equipe para falar sobre o assunto.
  2.  Trocar ideias com o apresentador sobre o momento da apresentação reforçando: o passo a passo do que deve acontecer durante a transmissão; a sua movimentação em cena; a escolha junto com o apresentador da melhor maneira de segurar e usar fichas, microfone e passador de slides; e dicas para facilitar a chamada de Vídeos (VTs) ou qualquer outra entrada que dependa da operação técnica. Tudo isso com bastante tato, procurando tranquilizar o apresentador(a) e deixa-lo confiante, tanto em relação à sua apresentação, quanto em relação à operação técnica do evento.
  3. O apresentador deve treinar diante do teleprompter (comumente chamado de TP) a leitura de seu texto para que este fique o mais natural possível. A leitura deve ter interpretação, isto é, o texto deve ser lido com atenção ao seu significado, pontos de ênfase, e pontuação gramatical. Muitas vezes, a pessoa tem naturalidade e boa memória ao falar sobre o assunto que domina. Neste caso, o melhor é não usar o TP, ou no máximo colocar os assuntos em tópicos apenas, para que o apresentador se lembre do que deve abordar.
  4.  diretor deve ensaiar o evento com o apresentador(a) e direciona-lo em sua postura frente à câmera, como por exemplo: escolher o melhor ângulo do apresentador para melhor efeito de empatia com o público; evitar um gesto que se repita muitas vezes, e que pode ser um reflexo do nervosismo do apresentador; indicar os momentos em que deve sorrir, enfatizar um gesto ou palavra, ou ter uma reação mais séria; estimula-lo quando este acha que não vai conseguir transmitir as informações; e por fim orienta-lo quanto a sua movimentação, garantindo que ele esteja “em quadro”, isto é, na imagem, durante sua apresentação, evitando que ele perca o contato direto com o público.
  5. – Estruturar, cortar ou alterar pedaços de texto que estejam atrapalhando a boa comunicação (causando problemas de dicção, por exemplo) e que não sejam fundamentais à transmissão da mensagem (uma coisa é o texto escrito, outra o falado).

Desse modo, ambos, diretor e apresentador, terão a segurança necessária para que tudo corra bem durante o evento, garantindo o resultado proposto e esperado desde a primeira reunião de briefing.

*TP: aparelho que fica acoplado à câmera, no estúdio, à frente da lente, e que reproduz o texto do roteiro via um vidro translúcido, que reflete a imagem do texto exibida por um monitor de computador localizada à frente e abaixo da lente da câmera. O texto do roteiro fica

Posts Recentes